O que são as crenças?

17 de julho de 2024

“Quando nos agarramos muito forte às nossas crenças, corremos o risco de ficarmos cegos para a realidade e apenas enxergar o que se encaixa nelas.” Haemin Sunin

Paulo Knapp traduz crenças nucleares como nossas ideias e conceitos mais enraizados e fundamentais acerca de nós mesmos, das pessoas e do mundo (Paulo Knapp, 2004).
As crenças são construídas e formadas desde nossas primeiras experiências pessoais e heranças de nossos cuidadores, e nos fornece uma percepção à cerca do mundo, a cerca de nós mesmos e à cerca do outro. As crenças podem ficar em estado de latência por um bom período, e serem ativadas apenas diante de uma situação emocional gatilho. Exemplo: Posso ter crenças de incapacidade, mas não perceber, e só conseguir identificar quando diante de situações de avaliação ou exposições profissionais.

O problema é que quando essas crenças são disfuncionais, uma vez que não fazemos correções delas, adotamos como verdades absolutas e inquestionáveis.

E aí, como se refere a citação acima, o problema é que nosso processo de informação costuma ser tendencioso, e focar nossa atenção em extrair da realidade justamente as informações que confirmam as crenças disfuncionais, invalidando ou minimizando as informações que a contradizem.

O processo de psicoterapia nos fornece um entendimento mais aprofundado sobre nós, que num determinado momento nos dá dados suficientes para a identificação de nossas próprias crenças disfuncionais. Uma vez identificada essa crença (ou crenças) vamos em busca de ações voltadas para a mudança e a reestruturação cognitiva, numa tentativa de identificar formas mais equilibradas, sensatas e funcionais de perceber a verdade. Sem o peso do viés disfuncional.